Servidores públicos cobram de Casagrande mesmo aumento de policiais e bombeiros
Políca
Assembleia Geral ratificou pedido das demais categorias, que pedem negociações e ameaçam entrar em greve
Parece que a chapa continua quente para Renato Casagrande (PSB) nas negociações com os servidores públicos. Embora a duras penas tenha conseguido aparentemente acalmar os ânimos com os policiais (militares e civis) e bombeiros após longa negociação, o reajuste apenas para a Segurança Pública deixou outras categorias do funcionalismo ainda mais insatisfeitas, devido à longa luta que travam pela reposição das perdas desde os tempos do governo Paulo Hartung.
Foi nas escadarias da Assembleia Legislativa que os servidores públicos estaduais realizaram uma Assembleia Geral Unificada nesta segunda-feira (9), oficializando o pedido de isonomia das demais categorias diante do reajuste, ou seja, que todos recebam aumento salarial similar ao de policiais e bombeiros. Muitos servidores têm defendido a possibilidade de greve se não houver diálogo por parte do governo Casagrande.
O acordo do governo com os trabalhadores da Segurança Pública incluiu um aumento real de 12% nos próximos três anos, além de outros benefícios na carreira. "As entidades entendem que o anúncio da recomposição sinaliza a possibilidade de extensão a todo funcionalismo, diante dos preceitos legais que obriga o Estado a tratar igualitariamente todos os servidores públicos, salvo as especificidades de cada área", disse em nota o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos/ES)
Junto à Pública Central do Servidor, que representa as categorias a nível nacional, o Sindipúblicos e outros sindicatos consideram insuficientes o aumento de 3,5% concedido no ano passado. Sem discussão com as entidades representativas, foi aquém do necessário para repor as perdas do funcionalismo público estadual, que ultrapassam 29%, segundo os cálculos das entidades.
Outras demandas levantadas na assembleia giram em torno da recomposição dos valores do auxílio-alimentação, da definição da data-base que sirva de referência para os reajustes anuais para recompor as perdas com inflação, e da abertura imediata de uma mesa de negociação entre servidores e o governo.
Depois da assembleia pela manhã, representantes da Pública, Sindipúblicos, Sindicato dos Servidores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde), Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo (Sindijornalistas) e Associação dos Servidores do Incaper (Assin) fazem movimentações pela tarde com os deputados estaduais na Assembleia, levantando suas pautas. Um pedido foi protocolado junto ao presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), solicitando seu apoio e intermediação para a instalação da mesa de diálogos que possa abrir diálogo entre servidores e governo.
A mobilização marca a retomada da luta intensificada no ano passado pelas categorias do funcionalismo público que, além da protestos e reivindicações, chegou a protocolar, por meio da Pública Central do Servidor, denúncia no Tribunal de Contas Estadual (TCE) contra o Estado e o governador Renato Casagrande, devido à negativa em conceder a recomposição inflacionária dos salários dos servidores, descumprindo, assim as Constituições federal e estadual.
De Vitor Taveira
Equipe.
Redação.
Dinamikesportenoticias
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